quinta-feira, 17 de junho de 2010

SIEsp - MONTANHA - Dia Zero


Os campos na AMAN sempre começam antes. Nunca o primeiro horário que está na documentação apresentada será sua primeira hora nos acampamentos, pois antes de embarcar (ou começar a marcha) há a necessidade de preparar todo o equipamento individual e coletivo, a fim de evitar desgaste nos momentos difíceis.

Na SIEsp é ainda pior. Os instrutores elaboram uma extensa lista com todos os ítens obrigatórios que devem estar presentes no aprestamento individual que ocorrerá  à frente da SIEsp, dentro da AMAN, e, de presente, ao lado do curso de Infantaria. Entre os ítens existem desde equipos de soro fisiológico, passando por material de costura e terminando no kit de primeiros socorros, com medicamentos e acessórios necessários à vida dentro da instrução especial. E ainda existe outra preparação: estudar os nós e saber as técnicas de escalada.



Mas, passada a fase de preparação, tudo começou com o nervosismo associado à primeira instrução especial, valendo uma manicaca, eram os ingredientes para o suor frio descer o rosto, a barriga doer e as pernas tremerem...

Dia 00

20:00H – Todos com a mochila preparada, já com uniforme padrão (uniforme camuflado, abrigo parka e gorro de selva) encodoamento no corpo. Fomos levados por um oficial da companhia à ceia que havia sido preparada para antes da SIEsp.

21:00H – Já em forma, esperando o estágiário 100 – comandante do turno – arrumar os últimos detalhes para seguir para a frente da prefeitura militar, para o início do aprestamento.

21:50H – A sirene toca, coração despara, boca fica seca. Todos saem saltitando em forma para frente da SIEsp, esperando o tão falado aprestamento. Saltitando, saltitando.. Mandam voltar, entrada não foi “no padrão” e isso se repetiu umas quatro vezes.

22:10H – A sirene toca mais uma vez, mas como já havíamos entrada umas cinco vezes no local da cerimônia, nem dava vontade de entrar igual a um louco. Iríamos voltar mais uma vez. Mas, foi bastante diferente, uma névoa alaranjada saía de perto do prédio da SIEsp.

E tudo começou ou parecia ter começado!

Cada instrutor (oficial) foi apresentado e os monitores (sargentos) também. Era uma apresentação e flexão, outra, polichinelo, outra, canguru - na variação australiano... e a noite foi começando.

Foi lida a forma do aprestamento e cada um tinha 10 minutos para arrumar seu aprestamento. Antes de tudo foi avisado: kits fechados eram barro, não seriam aceitos. Todos os kits deveriam estar sem tampa para a verificação do material. As gaivotas mais perdidas foram: agasalho leve, faca suja/enferrujada, lanterna mal velada. Vale lembrar que cada gaivota perdida é um ponto a menos na média final e isso conta muito!

Aprestamento

Depois, mais um pequeno tempo para arrumar tudo na mochila e esperar a outra ordem. Alguns ficaram nervosos e deixavam algumas coisas pra fora. Resultado: todo mundo, no modo militar, esperando...
Após o aprestamento, os instrutores ordenaram o número em que cada pelopes era para embarcar e, de maneira organizada e os comandantes de pelopes deslocaram os grupos para a área de embarque. Todos dentro da viatura? Quantos? E foram jogadas as nossas refeições para todo o dia seguinte: farofão.

Cada um com seu farofão e as viaturas começavam a deslocar.

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