O café da manhã foi bom e seguimos para a formatura às 6 horas. Esperamos o comandante do curso e do corpo de cadetes para as palavras finais da instrução, além da APA (análise pós ação). Tudo transcorria normalmente: destaques hasteando o Pavilhão Nacional, oração do guerreiro de selva e leis da guerra na selva. Tudo normal...
Cada instrutor teve um tempo e falou sobre a sua oficina, destacando os pontos que deveriam ser melhorados, além de especificar os principais erros e mostrar a forma como deveriam ser corrigidos. Os oficiais também mostraram os erros do campo em geral, principalmente a esterilização da área (ou seja, deixamos algumas partes sujas no terreno) e perda de material.
O comandante do curso falou sobre ser militar e o que nos motiva, o orgulho que devemos ter e as ambições na nossa carreira. Logo após, o cmdt do CC falou sobre a força de vontade e os aspectos que ele considerou positivo no campo. Falou que sempre deveríamos querer mais e mais!
Lógico que a maioria só pensava: "OK. Tudo normal. Mas vai ter inopinado ou não?"
E, de repente, o comandante do curso aproveitou e mostrou a flâmula, o que significava mais uma atividade inopinada. Ou seja, haveria o "querer mais e mais".
Na verdade não foi muito inopinado, pois já sabíamos dessa atividade, pois todos os anos isso ocorre, mas OK... era inopinado.
Os pelotões foram divididos novamente e partimos para o recebimento da missão. A atividade "complementar" era mais uma Patrulha - o Avançado é "a casa da patrulha" na AMAN - e fomos para o planejamento.
Soldado "aos caralho" no último dia de campo |
Depois, descobrimos que a missão seria próxima à Cancela Vemelha, área onde teríamos de passar para voltarmos ao parque do curso, no término do campo. Nada mal, pois era "caminho de volta" mesmo. Conversei com outros pelotões e descobri que alguns tinham a ação no objetivo perto da Fazenda da Barragem: contra-azimute (fora de rumo) total e mais uma vez só poderia falar que agasalharam...
As ações foram parecidas às do dia da patrulha e tudo foi numa boa.
Quando já era umas onze da noite, fizemos a ação no objetivo e retraímos com alguns mortos para o parque do avançado. Está certo que depois de um certo tempo tudo pesa e cada morto a mais era um sacrifício para ser levado, pois todo o apronto de fuzileiros também estava presente (FAP, AT4, Granada de Bocal etc) adicionado a um cunhete com "documentos" - que na verdade eram pedras.
Chegamos ao parque e partimos para a manutenção dos armamentos individuais e coletivos. Aproveitei, logicamente, para comer alguma coisa na lanchonete do básico que estava aberta às 3 da manhã.
Por volta das 4 da manhã, entregamos os armamentos e voltamos para a ala. Missão cumprida!
Um comentário:
Antes de qualquer pergunta, PARABÉNS pelo BLOG, super informativo.
Gostaria de saber, como é a ADAPTAÇÃO na AMAN.Não precisa especificar muito, apenas uma ideia geral, para que mães que moram longe, possam ter uma ideia de como é. Cada um fala uma coisa e fica a gente perdida, sem saber o que é lenda, o que é verdade.
Se puder fazer um resumo, dentro do Blog, será bastante útil.
Obrigada, e sucesso na profissão.
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