Logo pela manhã, o frio era grande. Existe uma lenda que o superior-de-dia tem a máquina do tempo e parece verdade. Foi só dar a alvorada às 5 horas que a chuva acabou, deixando todos carangando (sentindo frio) para avançarmos para o café.
O Kid Preto (instrutor-chefe) ficava rindo quando olhava para nós tremendo e encharcados.
5:30H -- Quase todo mundo falou que no estágio não precisava fazer a barba, mas o 100 mandou todos fazermos e o Kid Preto curtiu a idéia, falando que iria inspecionar a higiene pessoal de todos para avançarmos para o café.
Ele ficou na entrada da linha se servir (local onde se pega a comida) e verificou um a um a barba. Aqueles com barba grande tiveram a RETAP (retificação de aprendizagem) da barba e, depois, de tudo pronto puderam pegar o café.
O bom da SIEsp é que a logística é fora do normal. Tudo funciona muito bem e a alimentação é fora do normal. O café tinha:
- Café com leite;
- Pão doce;
- Pão salgado (pão francês, cacetinho);
- Mortadela;
- Queijo;
- Fruta.
Os PELOPES só poderiam centar para tomar café quando todos estivessem em forma e teriam, para isso, 15 minutos.
6:20H -- Mais uma vez os Pelopes dividiram-se para as intruções e assim foram deslocadas.
6:30H -- A primeira instrução foi sobre obtenção de água e fogo.
A instrução consistia em obter, por meio de materiais de fortuna (encontrados no local), água e fogo.
O problema dessa atividade é que ela é bastante teórica e como o sono já vinha há um bom tempo, alguns não conseguiam controlar muito bem e acabavam apagando no puleiro (arquibancada).
Vi que é possível conseguir fogo e água de diversas formas, mas muitas mesmo!
No final, chamaram um que estava torando para demostrar uma forma de obtenção, rimos muito, pois ele pegou a pedra e começou a bater na lã de aço. O instrutor não aguentou e riu muito!!
9:40H -- Mais uma vez partimos para outra oficina que seria sobre construção de abrigos improvisados e semi-permanentes.
Há diversos tipos de abrigos, entre eles o tapiri, tapiri do caboclo, tapiri duas águas, tapiri uma água, poncho suspenso...
É interessante lembrar que o abrigo é muito importante, pois na selva chove muito e o corpo molhado durante a noite resulta em doenças, abatendo o moral e matando o indivíduo.
Também foi mostrado que com bambus é possível fazer muitas coisas, entre ela a "tubulação", levando água potável para regiões próximas do abrigo, evitando deslocamentos desnecessários.
Exemplos:
13:30H -- Instrução de novo: obtenção de alimentos de origem animal.
Para complementar a instrução de obtenção de alimentos de origem vegetal, foi dada a instrução de como limpar os animais e melhor aproveitar suas partes.
Para desenvolver atributos da área afetiva, cada pelopes deveria preparar um coelho e uma galinha.
Depois, foi mostrado que com barro é possível fazer "panelas" e preparar ovos e outros alimentos.
15:00H -- Voltamos para a área de cerimonial e fomos deslocados para próximo à Pista Rondon da AMAN.
Grupos foram divididos e a orientação era azimute-distância, ou seja, é dado um azimute em graus e a distância, devendo apenas andar na direção correta.
O grande problema da selva é o terreno muito fechado, com diversas árvores e plantas.
No final, encaramos um "tobogã" e caímos direto no Rio Alambari.
O bom dessa atividade é que, aqueles que desembocassem a missão, poderiam utilizar o tempo extra para manutenção do corpo e medidas administrativas, algo que não existia muito, pois o tempo era muito escasso.
18:00H -- Jantar.
19:30H -- Tivemos que esperar até o anoitecer e fomos deslocados para orientação noturna em ambiente de selva.
O mais chato foi subir uma cota (morro) com tudo muito escuro, o que dificultava muito o deslocamento.
A instrução foi parecida com a diurna (azimute-distância), mas com tudo escuro. A dificuldade nem precisa falar, né?
03:00H Quarta-feira - Todos de volta para a área de aprestamento.
Um comentário:
po cara, com todo o respeito, muito show...
deve ser difícil, mas eu adoro esse tipo de desafio e, se DEUS quiser, 2012 lá estarei eu.
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