quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Estágio de Vida na Selva e Técnicas Especiais - 1

No sábado dia 23 de outubro fui recepcionar o primeiro turno da selva e não gostei muito do que vi. Todos os anos falavam que o Estágio seria o mais tranqüilo e, ao mesmo tempo, o mais interessante, pois as técnicas aprendidas são muito fodas.

O que vi foi um bando de pessoas cansadas, mancando e com a aparência de não torarem (dormirem) por uns 20 dias.



Logicamente a vibração estava nas alturas, pois nada é tão bom como a sensação de dever cumprido e a volta ao "lar". Via na cara de cada companheiro essa sensação boa e a felicidade de encontrar familiares e amigos com aquela coca-cola gelada e um doce para saborearem.

Assisti a essa entrada e fiquei pensando: -Porra, ainda falta minha chegada. Quer dizer, falta ainda a minha ida!

Mas "de boa", "tranquilo".

Fui lá e como tenho um amigo (que é irmão) fui entregar as felpas tão merecidas a ele e ouvir suas histórias para pegar bizu (dicas). Falou que o Estágio foi muito bom, que tudo era muito real e o tempo passava muito rápido, mesmo ocorrendo instruções durante a madrugada.

Existia na Ala um boato sobre marcha de 40km, mas ninguém havia confirmado. E ele confirmou que essa tal marcha existiu, mas o psicológico foi embora, visto que os monitores (sargentos) e instrutores (oficiais) afirmavam a todo momento que as viaturas já estava para pegá-los.

Tirando essa reclamação, ele continou pagando os bizus e aproveitei para pegar os "espólios de guerra" da mochila dele. Tudo que faltava pra mim eu peguei com ele e assim fiquei com a mochila excelente.

Domingo 24 Out: A tropa deveria estar pronta às 20 horas nas respectivas companhias para poder pegar o fuzil na reserva de armamento.

Fomos lá e conseguimos pegar o armamento, cautelamos em nosso nome e eu dei a sorte tremenda de pegar um que estava com problemas. Consegui trocar, mas peguei outro na sorte, assim como outras pessoas fizeram e voltei para o alojamento, a fim de fazer a manutenção de modo que funcionasse bem nas horas de tiro.

23 horas: Últimos ajustes na mochila e fardo aberto e tudo pronto para a concentração inicial.

01:10H: Entramos em forma na entre-ala e o Estagiário 100 (Xerife geral) deu suas palavras, afirmando a necessidade de estarmos ali e que deveríamos "dar o gás" para evitarmos algum problema. Falou bem, mas dei uma torada enquando ele falava...

02:30H Apresentação dos estagiários à Equipe de Instrução e retirada de faltas com a dispensa de alguns, visto que se encontravam com problemas médicos e impossibilitados de realizarem a atividade.

Um pouco depois, fomos ao auditório da SIEsp e foram lidas as instruções de segurança, de modo que os problemas fossem evitados.

03:00H: Após a palestra sobre segurança, o deslocamento forçado para a AIEsp iniciou e como já era sabido o ritmo começou forte.

Para ser sincero, eu sempre tive dificuldades em deslocamentos fortes e ficava para trás, mas esse ano houve tantas marchas que acredito ter acostumado à difícil atividade de andar.

Esperei que o rítmo aumentasse, mas ele não veio e quando mal percebi já estava no local de cerimônia. Olhei para o relógio e percebi que já tinha passado duas horas e meia e já eram 05:30H.

05:30H: Entramos em forma organizadamente para o cerimonial, de modo que ficasse em ordem numérico do 01 ao último estagiário.

06:00H: Tudo igual ao primeiro ano: apitos e correria para a área de cerimonial. Para não perder o costume, voltamos, voltamos, voltamos de novo e na quarta vez foi apresentado o estágio.

A continuação vem depois...

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, em que ano vc está na AMAN?