quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aulas de línguas estrangeiras

Lembro-me de quando estava no cursinho preparatório e avisaram que as provas de línguas estrangeiras (inglês e espanhol) seriam retiradas do concurso, assim como química e física. Para muitas pessoas isso foi um alívio, pois como estudavam em colégios menos preparados, não tinham o entendimento mínimo nessas matérias, mesmo as provas sendo bastante básicas.


Chegando na EsPCEx, foi perceptível que grande quantidade dos novos alunos pouco entendiam sobre inglês e espanhol e, devido a isso, foram feitas provas de nivelamento para selecionar as turmas de acordo com o nível de conhecimento e, assim, dar mais atenção a certos grupos, suprindo esse problema. A questão é que em menos de um ano não é possível ensinar um vocabulário grande, além de normais gramaticais.

As provas, por conseqüência, eram muito simples, com conteúdo básico e sempre saíam os "bizus" para as provas. No espanhol, as provas eram praticamente dadas, pois existiam exercícios que eram idênticos àqueles que estavam nas provas. Mais fácil, impossível!

Já na AMAN, algumas coisas mudam, pois a matéria é muito extensa e as normais gramaticais - que são bem chatinhas - misturam-se ao vocabulário diferente com os diversos termos militares que em cursinhos normais não são ensinados. Portanto, até aqueles que possuem um pouco de facilidade na matéria devem papirar inglês. Mas isso não é coisa de outro mundo, só papirar.

O grande bizu nessas matérias não é somente tirar nota boas, mas conseguir realizar as provas de habilitação, que dão certificado ao militar, possibilitando estar apto a cumprir missões em outros países e, consequentemente, ganhar dinheiro e conhecer outros locais. Esse é um dos grandes faróis do militar: ir para o exterior se aperfeiçoar.

É bom lembrar que não são apenas esses idiomas que habilitam o oficial. Quase todas as línguas podem ser habilitadas: russo, mandarim, hebraico, persa etc. O bizu é fugir da normalidade e conseguir passar na prova de línguas pouco usuais, pois assim é mais fácil conseguir uma missão, pois poucos competirão por ela.

Para cadetes a prova é realizada no terceiro ano da AMAN e de graça, mas todos militares podem fazê-la, desde que a taxa seja paga.

Para quem não possui muito conhecimento nessas línguas pode-se fazer o curso a distância e, aos poucos, passar nas provas de cada nível chegando ao final do curso apto na língua.

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