domingo, 20 de dezembro de 2009

FIT!! FIBRA!! INICIATIVA!! TENACIDADE [Parte 2]!!

Continuação da postagem sobre a FIT

A orientação era fundamental, pois muitos dos terrenos não conhecíamos e tínhamos apenas a Carta Resende para consulta. O homem-carta (responsável por orientar-se com a carta) deveria ser muito bom.

E cada oficina foi mais ou menos assim:

*HPPS: (Socorro básico e primeiros socorros): foi a mais pau de todas até hoje. Pra começar era em um lugar que ninguém conhecia, depois da Vargem Grande. A gente nem sabia que lá era campo de instrução da Academia.

A oficina consistia em progredir no terreno de modo que houvesse o resgate de um PQD (paraquedista) para uma cota, a fim de um helicóptero resgatá-lo e deviam ser evitadas outras baixas, mas existiam armadilhas, uma era mina (feito com um dispositivo de alarme) que, quando alguém pisava, morria. Pronto, começava a levar o morto na lomba (na carcaça).

Outra armadilhas era no paraquedista que estava morto, quando alguém tentava encostar nele, disparava outra mina e, mais um morria. E assim foram morrendo várias pessoas. Dos 12 combatentes, 5 morreram.

Se deu bem que morreu, já que não carrega peso e os outros tinham que, além de levar os mortos, levar todo equipamento: mochila, rádio (a 110), fuzis.

Quando começamos a subir uma cota, pensávamos que já havia acabado, mas depois nem acreditamos. Tinha que descer a cota, que já era alta, e subir outra mais alta ainda com o peso todo.

Resumindo: PAU!!

Mensageiro: foi até tranqüila, mas muito bem feita. Deveria ocorrer a progressão para passar a mesagem ao destino e no meio existiam vários talos (lama, água) e cota pra subir.

Sendo que tinha outra armadilha: caixotes de areia (só pra pesar) simulando caixas de documentos que, quando retirada do local, explodiam com dispositivos de minas. Morria gente e tinha que subir a cota levante a mensagen, as caixas e os mortos.

A pista foi realizada na Cancela Vermelha.

Esclarecedor: não sei qual foi pior, se foi essa já que não sabíamos se era pseudo-esclarecedor ou pseudo-hpps.

Vou resumir bem rápido a pista: morre gente, anda, morre gente, anda, morre gente. Sobe a cota correndo, sobe de novo, sobe mais uma vez, sobe de novo, foi ruim, sobe de novo, não foi em linha, sobe de novo. Pronto! Todo mundo no bagaço!

Foi nos Campos de Membeca.

Utilização do terreno para progredir e atirar:
PAAAAU!!

Já começava com a famosa "brincadeira" dos tiros de artilharia. É bem fácil de aprender: quando se ouvi e simbilar de granda (o famoso apito) deve saltar ao chão e, depois do estilhaçamento da munição, o combatente tem de correr o mais rápido possível para progredir. Mas, imagine ter de ficar se jogando no chão e levantando direto, já que a "artilharia inimiga" estava insana?

Depois, rastejo por um bom espaço, sendo que toda a oficina era com tudão (tudão = mochila, fuzil, capacete, fardo aberto) e rastejar com mochila é cansativo pra caramba.

E a oficina foi seguindo, tendo transposição de cerca (arame farpado), mais rastejo, lanços ("corrida em zigue-zague") e assalto de cota (subir morro). Cansa, meu amigo, cansa muito!!

Local da oficina? Morro do Carrapicho.

Transposição de curso d'água: transpor um curso d'água é passar um rio, lago ou qualquer outro local com água.

A técninca utilizada foi da pelota que consiste em colocar todo o material dentro dos ponchos e atravessar o curso d'água, que no caso era um lago.

Foi tranquüilo, só ficaram enchendo o saco pra fazer rápido, mas isso é normal.

A oficina foi entre as elevações de Sabóia e Saboião, perto da Boa Esperança.


Pista de cordas:
consistia em tentar ficar em pé. Isso mesmo! Tinha chovido muito no dia anterior e só ficou a lama. Nada mais era do que progredir subindo e descendo partes das cotas utilizando leppar e rappel e, no final, havia a construção de um tracionamento de cordas para o comando craw.

O mais importante de toda a pista era saber realizar o tracionamento da corda, já que um membro teria de passar para o outro lado do lago. A mochila também passaria, mas utilizando mosquetões presos à corda e sendo puxada pelo combatente que já tivesse passado.

Vídeo de um comando craw feito por bombeiro



Pista Rondon: pra quem não conhece, essa pista consiste em vários obstáculos a serem transpostos no menor tempo possível e assemelham algumas dificuldades que são encontradas no campo de batalha, como muro de assalto, túnel e tiro. A sua maior característica é a sua dificuldade e o cansaço que gera, pois são 1800m de pura ralação.

Normalmente ela é feita com fuzil, capacete, fardo aberto e segurança (assento americano feito com cabo solteiro), mas no campo é feito com tudão.

Foi uma das oficinas mais jogadas, mas não pelos instrutores e sim pelo terreno e pelas dificuldades. Todo mundo que eu conversei depois reclamou dessa porcaria.


Pista Rondon realizada pelo CPOR-SP em Resende. Mas, sem estar com tudão.

Tiro: O tiro foi tranqüilo. Ele aconteceu lá no estande e o objetivo era alvejar o máximo de inimigos que eram os alvos. Antes, havia um montagem dos armamentos que já foram dadas as instruções, tais como: metralhadora de mão Beretta, pistola Imbel 9mm, pistola Beretta 9mm, FAL.


Rappel: Foi bem técnico, pois tinha que desescalar com tudão, o que dificulta bastante e o lugar estava com bastante barro, toda hora alguém derrapava.

Foi lá na Boa Esperança, em um barranco que desembocava no Rio Alambari.

Depois de fazer todas as oficinas, o último ponto era o do Curso Básico e ocorria o retorno, com a apresentaçao do destacamento ao comandante de companhia para efetuar as medidas finais: manutenção do equipamento, corpo e fuzil.

Fomos liberados e dormimos na ala, bom pra caramba!! Mas, antes disso, tivemos que passar na Lanchonete pra felpar um pouco com o famoso açaí!

Um comentário:

Glauco Basilio disse...

Nunca serão! Seeeeeeeeeeeeelva!