segunda-feira, 27 de julho de 2009

Dia zero! [MONTANHA]

Na verdade, tudo começou no dia anterior!

A Cia. iniciou seus preparativos por volta das 20 horas. Todos prontos, colocaram sua mochila na entre-alas (um "corredor" entre duas companhias). Depois disso, as companhias seguiram para o rancho e tiveram uma ceia.

Terminada a ceia e equipados, todos fomos correndo catando canções para a área à frente da prefeitura militar e ficamos na espera da ordem de avançar para o aprestamento. Parece brincadeira, mas acho que passamos umas 5 vezes esse ritual: apito, todo mundo corre, ouve o famoso "tá uma porcaria" e volta. E assim continua.

Na hora que era real, ouvimos os apitos e fomos correndo para a área de cerimonial. Uma névoa alaranjada saía de perto do prédio da SIEsp .

E tudo começou, parecia que tinha começado!

Cada instrutor (oficial) foi apresentado e os monitores (sargentos) também. Era uma apresentação e flexão, outra, polichinelo, outra, canguru - na variação australiano e a noite foi começando.

Foi lida a forma do aprestamento e cada um tinha 10 minutos para arrumar seu aprestamento. Antes de tudo foi avisado: kits fechados era barro, não seriam aceitos. Todos os kits deviam estar sem tampa para verificação do material.

As gaivotas mais perdidas foram: agasalho leve, faca suja/enferrujada, lanterna mal velada. Cada gaivota perdida é um ponto a menos na média final e isso conta muito!!

Depois, mais um pequeno tempo para arrumar tudo na mochila e esperar a outra ordem. Alguns ficaram nervosos e deixavam alguma coisas pra fora. Resultado: todo mundo na flexão esperando...

Acabado cerimonial, correr de novo, mas desta vez para a região entre o parque de infantaria e de artilharia. Tinham uns 30 caminhões (5 Ton), todos identificados. Embarcados, ficamos esperando a viagem começar.

Caminhão andando, frio na cara! Bizu máximo nessa hora é colocar a luva e a touca de lã. Para tentar diminuir o frio - já que o caminhão é aberto e com uma lona por cima da armação - o melhor a fazer é grudar ao lado do companheiro e tentar sentar no meio da 5 Ton, diminuindo o vento.

Do nada, ouço uns gritos e vejo que tinha torado (mesmo estando frio pra caramba), desembarco e fico esperando. Nessa hora, já tava perdido, só lembrava de ter passado ali naquele local uma vez quando viajava, era próximo à parte alta do Parque. Acho que já eram quase 2 da manhã.

Os pelopes (nome dado os pelotões pela SIEsp) foram divididos e começava mais uma prova para o tão sonhado brevê de Montanha: a marcha de 8km em terreno montanhoso em 2 horas.

Pra falar a verdade, pensava que era tranquila, mas tinha cada subidão insano que as pernas começavam a queimar. Anda, pára! Anda, dá uma corrida! Anda mais um pouco.

A falta de ar começava a fazer efeito: dor de cabeça e sede. Mas, tentando seguir o conselhos dos calouros era bom não ficar bebendo muita água, pois seria racionada para o dia todo e isso eram umas 4 da manhã.

Anda, pára, anda, corre, pára, anda.

Acabou!! Cansado pra caramba - 8km com peso e subindo cansa pra cacete!! - chegamos a um tal de "Brejo de alguma coisa", mas a felicidade logo acabou. Havíamos subido os 8km da prova em 1:35h, mas ainda faltavam uns 3km a 5km à frente para chegarmos à Base do Marcão.

Anda, pára, corre, corre, corre, anda.

Lembro que tinha a continuação da estrada, mas os instrutores pegaram uma trilha que era um ladeirão e subiram. Terminada essa subida, vi uma casa de madeira bem ajeitada e consegui ver: Posto do Marcão.

Gritaria de novo e pegamos o saco V.O. Falaram que ainda tinha mais 3 km, mas, porra. com essa merda de saco V.O. ia ser impossível!! Tudo mentira, só pra mexer com o emocional do estagiário; sim, somos chamados de estagiário (e suas variações).

Encontramos, bem próximo ao posto, os abrigos e lá deixamos o saco V.O.

O segundo dia vem em breve!

Um comentário:

Anônimo disse...

massa!